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Honest market, conveniência autônoma e grab and go são apostas das retailtechs

Devido a aceleração nas mudanças de comportamento do consumidor, aliar a operação do negócio à transformação digital ficou em evidência no varejo

Foto: Marcos Santos.

Quando o assunto é jornada de compra, é inegável o quanto a pandemia resultou em uma aceleração nas mudanças de comportamento do consumidor, que passou a ansiar por uma maior praticidade e segurança no momento de ir às compras. Diante desse contexto, as chamadas retailtechs tiveram um aquecimento no mercado. As startups que utilizam a tecnologia para levar inovação ao segmento de Varejo receberam aporte de US$ 527 milhões somente no primeiro trimestre de 2021, o equivalente a 75% dos US$ 721 milhões investidos em todo 2020, segundo o estudo Inside RetailTech Report realizado pelo ecossistema de inovação Distrito.

“Nos últimos anos, a importância dos varejistas aliarem a operação do negócio à transformação digital ficou em evidência, visto que essa junção é capaz de garantir uma competitividade em relação à concorrência, além de auxiliar a manter uma fidelização de clientes, que esperam cada vez mais um aprimoramento contínuo dos serviços. Por esta razão, é imprescindível que os lojistas estejam atentos às tendências do setor”, diz Douglas Pena, CRO da Minha Quitandinha, retailtech com foco no mercado de conveniência autônomo.

O executivo que atua há dois anos na startup que nasceu na pandemia com o intuito de levar itens domésticos a condomínios residenciais e comerciais aponta duas iniciativas promissoras para o varejo: honest market e conveniência autônoma. “Em tradução livre, ‘o mercado honesto’ é um modelo operacional no qual não há o papel do atendente no processo de compra, promovendo um autoatendimento totalmente com base na confiança de que o cliente irá cumprir com as suas obrigações", explica Pena.

Na prática, o conceito está bem próximo do dia a dia, como em totens de restaurantes e até mesmo em máquinas de vendas de presentes e tickets no metrô. “O honest market está ganhando espaço porque traz uma economia de tempo para atividades do cotidiano, gerando praticidade para a rotina”, pontua o CRO.

Essa praticidade continua a ser percebida quando unida à tendência de conveniência autônoma, que oferece itens básicos na própria residência do consumidor durante 24 horas ao longo de sete dias da semana. “Ir ao supermercado é diferente de ir ao shopping. Em um você vai em busca de uma experiência, no outro por uma necessidade, não para lazer. Portanto, a iniciativa tem uma boa receptividade a partir do momento que facilita essa atividade mais automática”, revela Pena.

Otimizando o gerenciamento do negócio e a experiência do consumidor

Por sua vez, Gustavo Almeida, CEO da Take, retail tech que atua no mercado de conveniência autônomo por meio de cervejeiras, acredita no potencial da Inteligência Artificial (IA). “Atualmente, o recurso que tem o objetivo de se assemelhar ao comportamento humano pode ser considerado um dos pilares da transformação digital porque otimiza o gerenciamento do negócio e a experiência do consumidor”, afirma o executivo.

A partir da IA é possível captar dados em tempo real do consumo e gerenciar atividades como reabastecimento do estoque, além de cruzar e analisar comportamentos a fim de desenhar uma jornada personalizada ao cliente.

Almeida também aposta na eficiência do conceito grab and go. “Nesta iniciativa, a proposta é simples: pegou, levou. Ou seja, não há intermediários durante a compra e nem a necessidade de entrar em filas para pagar o produto adquirido. Basta o consumidor escolher o item e sair da loja, uma vez que a compra será debitada automaticamente do cartão cadastrado pelo cliente”, finaliza o CEO.

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