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Como é feito o transplante de fígado?

 


Como é feito o transplante de fígado?

 

Entenda como é realizado esse procedimento que ajuda a devolver qualidade de vida

 

Por meio do transplante hepático, pacientes com enfermidades no fígado têm chances de uma sobrevida plena e confortável, com retorno às suas atividades habituais. São várias as doenças que podem alterar o funcionamento do órgão, e o transplante é indicado para os casos graves, quando o fígado do paciente apresenta falência.

 

O cirurgião do aparelho digestivo, especialista em transplante de fígado e coordenador do Serviço de Transplante Hepático do Hospital Brasília, André Watanabe, explica quando esse procedimento é indicado e quais são os seus riscos.

 

Como é feito um transplante de fígado?

“O transplante hepático é uma cirurgia de grande porte que dura de cinco a oito horas. O cirurgião retira o fígado doente por meio de uma incisão no abdome e, posteriormente, insere o órgão doado na cavidade abdominal, seguido de reconstrução de veias, artérias e da via biliar”, explica o médico. Ao fim da cirurgia, o paciente é encaminhado para o centro de tratamento intensivo (CTI) para observação de possíveis complicações pós-cirúrgicas e, caso não haja nenhuma intercorrência, é transferido para o quarto nos dias seguintes. O tempo médio de internação pós-transplante é de aproximadamente duas semanas.

 

É possível doar parte do fígado?

Sim. O transplante hepático pode ser feito por meio de um doador vivo ou falecido por morte encefálica. Para estar apto a doar uma parte do fígado em vida a pessoa deve realizar os exames pré-operatórios e de compatibilidade sempre sob orientação de um especialista. Normalmente, a doação em vida é feita entre parentes próximos.

 

“Vale lembrar que, para doar uma parte do fígado em vida, é necessário ter boa saúde e fazer avaliações necessárias para que o doador permaneça saudável depois da doação”, acrescenta o especialista.

 

Quais os riscos do transplante hepático?

Naturalmente, existem muitas dúvidas sobre os riscos relacionados com o transplante de fígado. Segundo o especialista, o perigo de complicações é maior naqueles pacientes que chegam para o transplante mais debilitados, portanto, é fundamental o acompanhamento regular desses pacientes com doença no fígado para a indicação do transplante no momento mais adequado.

 

Quando o transplante de fígado é recomendado?

O procedimento se faz necessário quando o fígado está comprometido ao ponto de não conseguir mais desempenhar as suas funções vitais. Sem o funcionamento hepático em ordem, o corpo pode entrar em colapso, prejudicando outras áreas como os rins e o cérebro, o que agrava o quadro do paciente. Os principais sinais de falência hepática são:

·         olhos amarelos (icterícia);

·         urina escura (colúria);

·         aumento do volume abdominal pelo acúmulo de líquido (ascite);

·         sonolência e tremores (encefalopatia hepática).

 

Caso apresente um desses sintomas, procure um médico com urgência.


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