Segundo AABIC, IPEMIL encerrou o último mês em 2,08%,
o que aponta uma retomada dos índices ao patamar pré-pandemia
A inadimplência nos aluguéis
de imóveis residenciais e comerciais de São Paulo encerrou agosto em 2,08%, o
que representa queda de aproximadamente 50%, se comparado com o mesmo mês do
ano passado, que registrou 4,09%. É o que revela o Índice Periódico de Mora e
Inadimplência Locatícia (IPEMIL), medido pela Associação das Administradoras de
Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC).
Ainda segundo o
levantamento, nos últimos quatro meses os índices mensais em 2021 ficaram com
inadimplência abaixo dos mesmos períodos de 2020. Os índices fecharam em 2,31%
em maio, 0,81 ponto percentual (p. p.) abaixo de maio de 2020; 2,71% em junho,
1,07 p. p menos que em igual mês do ano passado e 1,91% de inadimplência em
julho, com uma queda de 2,34 p. p. em relação a igual período de 2020.
A oscilação em 2020 é
considerada estável para o setor, diante de todo o cenário econômico provocado
pela pandemia, segundo a AABIC. A queda dos índices aos patamares próximos aos de
2019 sinalizam um retorno para um ambiente mais estável de inadimplência. “A
inadimplência já está no mesmo nível pré-pandêmico, e a tendência é de que os
números continuem caindo até o final do ano, conforme o avanço da imunização e
a redução das medidas de restrições de isolamento”, analisa o presidente da entidade,
José Roberto Graiche Júnior.
A associação
considera para efeito de inadimplência os valores de boletos emitidos no mês e
não pagos até 90 dias após a data do vencimento. “A segunda onda e o avanço de
novas variantes da Covid impactaram de alguma forma a retomada dos negócios no
mercado, mas a variação da inadimplência no período continuou praticamente estável,
diante do cenário econômico do país no último ano. Agora, temos uma sinalização
mais positiva de melhora nos próximos meses”, explica Graiche Júnior.
Inadimplência Condominial
O levantamento da AABIC mostra que a inadimplência no pagamento de boletos condominiais encerrou agosto com um dado histórico, 1,94%, o menor percentual para o mês desde 2004, ano de início da série histórica. Agosto sempre esteve acima de 2% neste período. O indicador representa que os condôminos estão, cada vez mais, mantendo a taxa condominial em dia.
Para o presidente da AABIC, a pandemia fez com que os condôminos
valorizassem o local onde vivem e os serviços prestados nos empreendimentos. “O
pagamento da taxa condominial é importante para manter o local nas melhores
condições, como limpeza, segurança e atendimento. Além disso, os condôminos
percebem cada vez mais e valorizam a importância da qualidade nesses serviços
prestados para garantir o bem-estar”, finaliza Graiche Júnior.