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Deputados defendem ações para baratear combustíveis

Delmasso defendeu incentivos fiscais para tornar o custo do veículo elétrico próximo ao do tradicional



O deputado Rodrigo Delmasso (Republicanos), na sessão ordinária da Câmara Legislativa (CLDF) desta quarta-feira (20), defendeu incentivos aos veículos elétricos como forma de combater o aumento dos combustíveis. Entre as ações, ele sugeriu que o IPI sobre todos os componentes deste tipo de veículos seja "zerado" pelo Governo Federal. Delmasso também pediu agilidade na aprovação de projeto de lei que isenta o IPVA de carro elétricos no Distrito Federal por dez anos. A ideia é tornar o custo do veículo elétrico próximo ao do tradicional. "Somente assim nós vamos derrubar o preço dos combustíveis e ter uma cidade mais sustentável", argumentou.

Para o distrital, a diminuição do ICMS sobre combustíveis é importante, mas não é suficiente porque o preço acompanha o dólar: "Com isso, temos aumento descomunal que acaba causando um efeito cascata. Os fretes aumentam e tudo que é distribuído por meio desses combustíveis fósseis sobe também". De acordo com ele, Brasília já conta com 72 eletropostos colocados pelo Governo, além dos instalados pela iniciativa privada.

O deputado Leandro Grass (Rede) afirmou que há interesse de investidores em desenvolver tecnologias alternativas às que poluem, mas que é preciso haver decisão política "neste rumo" que, segundo ele, é irreversível. "Isso de fato quebrar o cartel de combustível e, principalmente, quebrar essa produção excessiva de poluentes que prejudicam a qualidade de vida da população, encarece o custo de vida, e está complemente atrasado, lá no século XIX, que é toda essa base energética do petróleo e de energias não renováveis", afirmou.

O deputado Chico Vigilante (PT) também criticou a política de preços dos combustíveis, que tende a piorar com a importação de gasolina refinada. "O problema é que, além do preço escorchante que temos hoje, essa gasolina já vem com sobrepreço de 50 centavos a mais por cada litro", ressaltou.

De acordo com o presidente da Comissão de Economia Orçamento e Finanças da CLDF, Agaciel Maia (PL), o problema do preço dos combustíveis deve-se a decisões políticas históricas na Petrobras, como a isenção de dividendos, em 1995. Ele explicou que 42% das ações da estatal "pertencem aos gringos".

Ele também criticou a decisão do Governo Federal de atrelar o preço do combustível ao dólar que, segundo ele, é a principal causa do aumento: "90% do consumo do Brasil é produzido aqui. Por que ser atrelado ao dólar? Por que não só os 10%? Essa distorção só vai ser quebrada com a decisão de desatrelar", enfatizou.


Fotos: Bruno Sodré.

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