Assembleia do Sinpro-DF pode se transformar em momento político em busca do GDF. A presidente do sindicato, Rosilene Corrêa (PT), é pré-candidata ao Buriti em 2022
O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) anunciou que nesta terça-feira (22) haverá uma assembleia geral com paralisação. A situação se torna inusitada já que tem apenas uma semana da volta às aulas 100% presenciais da rede pública de ensino, após dois anos on-line, que, certamente, trouxe um déficit educacional aos estudantes.
Desde o último sábado (19/02) o Sindicato dos Professores do Distrito Federal veiculou nas grandes mídias uma convocação de assembleia com paralisação, que acontecerá nesta terça-feira, dia 22, às 9h30. Segundo o Sindicato as pautas da assembleia são: estão a recomposição salarial, segurança sanitária no ambiente escolar, o combate à reforma administrativa, o novo ensino médio, além da luta contra a implementação de projetos como homeschooling, voucherização do ensino, militarização das escolas e mobilizar a categoria, esclarecer a sociedade dos desafios impostos ao magistério público do DF neste ano.
No chamamento para a assembleia, há a frase “valorizar a educação deve ser prioridade”, mas isso se torna irônico se analisarmos todo o contexto, já que justamente o oposto está sendo feito, pois com essas greves, os estudantes são privados de conhecimento e esse só é 100% adquirido dentro de sala de aula.
Em uma análise mais profunda da situação geral, há uma interpretação de que essa convocação pode ser meramente política, já que a presidente do Sinpro-DF, Rosilene Corrêa, é pré-candidata ao Governo do Distrito Federal (GDF) pelo PT, colocando em jogo apenas seus próprios interesses, já que na política vale tudo para chegar aonde bem entender.
No entanto, o esperado de qualquer pessoa do bem é que essa paralisação venha para atender demandas dos professores, levando melhorias, mas com a atual situação da presidente, fica difícil não imaginar que o momento será somente para politicagem.
De olho nas eleições, presidente do sindicato dos professores quer greve após uma semana de aulas no DF
Nos bastidores, o que se comenta é que a assembleia e a paralisação é uma forma de palanque para tentar fortalecer a candidatura ao executivo do DF da presidente do sindicato, Rosilene Correia. Os burburinhos começaram dentro das salas dos professores de algumas escolas, por conta das fracas pautas levantadas para uma assembleia com indicativo de greve, sendo algumas já ultrapassadas como o “novo ensino médio”, aprovado em 2017 e a “segurança sanitária no ambiente escolar” onde os protocolos foram implementados no retorno híbrido, ainda em 2021, com professores já vacinados.
As aulas 100% presenciais retornaram no último dia 14/2, após dois anos entre ensino totalmente remoto e o formato híbrido.
Segundo especialistas, na educação, o Brasil regrediu vinte anos com a pandemia, além disso, crianças conviveram com problemas nutricionais, porque não tiveram a merenda, que complementava a alimentação destas crianças. Enquanto isso, a desigualdade em relação as escolas particulares aumentou, tendo em vista um retorno a normalidade de suas atividades antes das escolas públicas.