Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa podem agravar a saúde mental
Entre as campanhas de conscientização em saúde ao longo do
ano, o quinto mês do calendário marca o chamado Maio Roxo, que alerta para a
prevenção e tratamento de Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), como a
Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa.
Levantamento feito pela Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e
Doença de Crohn (ABCD) com 3.563 brasileiros que vivem com essas doenças
apontou que 41% demoraram mais de um ano para chegar ao diagnóstico. Desses,
20% demoraram mais de três anos, e 12%, mais de cinco anos. A pesquisa
demonstrou ainda que as doenças causaram impactos significativos na rotina de
78% deles.
Dito isso, as
DIIs possuem várias consequências e é indicado ao paciente fazer um
acompanhamento multiprofissional, incluindo a psicologia. O fator psicológico
do ser humano já tem muitas relações com o organismo num geral e,
especificamente para os pacientes de doenças inflamatórias intestinais,
intestinos e cérebro estão num diálogo constante afetando a doença.
Segundo a
psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Karen Loiola, “essas doenças têm
relação com o estado psicoafetivo, em maior ou menor grau. Um dos gatilhos para
uma crise, por exemplo, pode ser ansiedade ou depressão. A falta de compreensão
da doença, a qualidade de vida afetada, os remédios, dores e sangramentos podem
ocasionar modificações químicas no cérebro causando ansiedade e,
consequentemente, afetar o intestino.”
Além disso,
pesquisas apresentam que pacientes com DIIs possuem maior chance de terem
depressão do que a população em geral. Um artigo já publicado na Revista da
Associação Médica Brasileira traz que há uma prevalência global de ansiedade
e/ou depressão em cerca de 33% dos pacientes. Verificou-se, ainda, que os
pacientes mais clinicamente enfermos apresentavam maior incidência de sintomas
de ansiedade e/ou depressão do que aqueles que estão saudáveis, mesmo os que
estão em remissão da doença. Outros estudos também documentaram maior
incidência de sintomas depressivos e/ou ansiosos em portadores de DII, sendo
que essa associação parece ser mais consistente na Retocolite Ulcerativa do que
na Doença de Crohn.
“É muito
importante o acompanhamento e suporte emocional para que a pessoa aprenda
reestruturar seu modo de pensar e agir, contribuindo assim para a melhora no
tratamento médico. Sentir-se acolhido e compreendido como um ser único faz com
que o paciente consiga lidar de forma equilibrada com seus conflitos e com a
doença”, completa a psicóloga.
AS DOENÇAS
INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS
As doenças
inflamatórias intestinais, mais conhecidas como DIIs, são doenças autoimunes,
crônicas, não contagiosas e que dependem do tratamento para a qualidade de
vida. Elas são
divididas em dois tipos de inflamação constante do intestino: Doença de Crohn e
Retocolite Ulcerativa. A primeira afeta qualquer parte do trato digestório,
podendo provocar lesões não contínuas do ânus até a boca. Já a Retocolite
Ulcerativa afeta exclusivamente o intestino grosso e reto com lesões contínuas.
Estados mais
avançados podem evoluir para a perfuração ou estreitamento do intestino e até
manifestação oncológica das doenças e necessidade de cirurgia. Em casos ainda
mais graves pode-se também chegar ao óbito. A coordenadora lista as
manifestações que podem afetar os pacientes:
·
Dor abdominal e febre;
·
Diarreia intensa e frequente;
·
Distensão abdominal, sangue ou muco nas
fezes;
·
Falta de vitamina e a consequente queda
de cabelo e perda de peso excessiva;
·
Manifestação em outras partes do corpo
como inflamação nos olhos, nas articulações e na pele, hepatites e trombose;
·
Fraqueza e fadiga intensa.
A especialista
indica que ter um estilo de vida ativo e saudável só ajuda, visto que o
tratamento é efetivo no controle dos sintomas, uma vez que as doenças não têm
cura. Por isso a importância do diagnóstico precoce.
Sobre a
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1994, a Anhanguera já transformou a vida de mais de um milhão de alunos,
oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com o mercado de
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a distância.
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por meio das Clínicas-Escola na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas,
locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na
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oferece formação de qualidade e tem em seu DNA a preocupação em compartilhar o
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