Especialista da Anhanguera destaca a relação desse distúrbio com o trabalho
Nos últimos anos, uma frase tem feito parte do dia a dia de muitos brasileiros: estou estressado! Algo que é comum na fala pode ser um sinal de alerta no corpo, comprometendo a saúde e a qualidade de vida das pessoas. Mas, afinal, o que é estresse? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma epidemia que atinge cerca de 90% da população do mundo e pode causar outras doenças.
“O estresse é uma reação natural do organismo que acontece quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça, o que é necessário para a nossa sobrevivência. Como reações, o coração passa a bater mais forte, os músculos ficam tensionados. O que prejudica a saúde é a manutenção de um estado de estresse por longos períodos com a elevação dos hormônios, deixando as pessoas mais irritadas e com outros problemas”, explica a psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da faculdade Anhanguera, Karen Loiola.
Segundo a especialista, o estresse pode tomar diferentes formas e contribuir para outras doenças. Os sintomas mais comuns incluem dor de cabeça, desordens do sono, dificuldade de concentração, temperamento explosivo, dor no estômago, insatisfação no trabalho, depressão e ansiedade, falta de concentração e alterações no apetite (comer demais ou não comer).
Esse distúrbio emocional pode ter relação direta com o trabalho, sendo este ambiente a principal causa do problema. “Quando há cobrança excessiva das empresas para que seus colaboradores batam metas, ultrapassem os seus limites pessoais de trabalho, assumindo mais tarefas do que conseguem realizar, ou até mesmo desvio de funções, assumindo jornadas que excedem seu horário de trabalho, pode-se desencadear o estresse e outros problemas de saúde”, pontua.
Transtornos psicológicos também estão associados às doenças ocupacionais, como depressão, ansiedade e síndrome de burnout, uma das principais causas de falta e afastamento do trabalho. Essa doença ocupacional reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) atinge cerca de 32 milhões de brasileiros.
“A síndrome de burnout desencadeada pelo estresse crônico no trabalho se caracteriza pela tensão resultante do excesso de atividade profissional, e tem o esgotamento físico e mental, a perda de interesse no trabalho e a ansiedade e a depressão entre os sintomas”, detalha Loiola.
A psicóloga orienta que é necessário observar as emoções, os sinais que o corpo manifesta. “Levar uma vida mais tranquila, manter a mente relaxada e reservar períodos para fazer atividades de lazer são alguns cuidados importantes. Procurar o auxílio de um psicólogo é uma alternativa que vai ajudar a trazer um caminho para o bem-estar do indivíduo.”
Além disso, a especialista ressalta algumas dicas, como estar atento ao cuidar de si, dormir bem, praticar exercícios físicos, ter uma alimentação saudável e manter contato com amigos e familiares.
Dia Mundial de Combate ao Estresse
O Dia Mundial de Combate ao Estresse é celebrado em 23 de setembro e tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância do tema. Conhecido como mal do século, o estresse pode ser uma porta de entrada para outros problemas e doenças, já que está associado a fatores externos, como pressão no trabalho, na faculdade ou problemas familiares, além de fatores internos, como a capacidade de lidar com situações adversas.
Sobre
a Anhanguera
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