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Cuidados devem ser redobrados para evitar a catapora em bebês na primavera

 


Nesse período do ano, a doença tende a se espalhar com mais facilidade
 


Se por um lado a primavera traz a beleza das flores, por outro essa é uma estação que traz alguns alertas, principalmente, para os bebês. Isso porque é uma época em que aumenta a disseminação de determinadas doenças, entre elas, a varicela, mais conhecida como catapora. Trata-se de uma infecção causada pelo vírus varicela-zóster que pode levar a um quadro grave de sepse (infecção generalizada) e à encefalite viral (inflamação do cérebro). A enfermidade pode apresentar maior gravidade em crianças menores de um ano, porque, em geral, a imunização contra o agente infeccioso só é indicada após um ano de vida.

“As primeiras manifestações da catapora são febre, pequenas lesões e manchas avermelhadas que evoluem para bolhas com líquido (vesículas). Essas bolhas estouram sozinhas e formam uma crosta seca na etapa final. Os pais devem ficar atentos aos primeiros sintomas porque a doença é altamente contagiosa na fase inicial”, alerta a pediatra da Maternidade Brasília, marca pertencente à Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil, dra. Juliana Sobral.

A médica esclarece que o aumento de casos da varicela neste período do ano decorre das mudanças bruscas de clima de uma estação para o outra, que favorecem a proliferação e transmissão do vírus causador.

 

PREVENÇÃO

Como a catapora é transmitida por indivíduos contaminados, é importante evitar o contato com crianças com suspeita ou diagnosticadas com a doença. “Além disso, ao atingir o primeiro ano de vida, é muito importante garantir a proteção com a aplicação do imunizante, que é a melhor forma de prevenção da catapora”, orienta a dra. Juliana Sobral.

 

TRATAMENTO 

Em casos graves está indicado o uso do antiviral aciclovir, restrito apenas a pacientes que precisam de internação hospitalar e/ou são imunossuprimidos. Também podem ser usados medicamentos para aliviar os sintomas de coceira e remédios para baixar a febre, como o paracetamol ou dipirona.

 

VACINA 

Segundo o infectologista dr. José David Urbaez Brito, do Exame Medicina Diagnóstica, também pertencente à Dasa, uma vez infectada, a criança permanece carregando o vírus da varicela-zóster para o resto da vida. Na fase inicial da vida, a varicela se manifesta com a catapora e, na fase adulta, como herpes-zóster. Esta última provoca irritações dolorosas na pele, as quais podem aparecer como uma faixa de bolhas no corpo.

“A vacina contra varicela, aplicada na infância, reduz as chances de a criança ter a forma grave da doença. A aplicação acontece em duas doses a partir dos 12 meses de idade, mas, em casos específicos e com orientação médica, é possível receber a partir dos nove meses de idade. A partir de 13 anos de idade, são aplicadas duas doses da vacina contra catapora com intervalo mínimo de um mês”, diz o infectologista.

O médico também destaca que atualmente existe um novo imunizante para evitar a reativação do vírus. “Para adultos, desde junho, há uma nova vacina oferecida na rede privada, com duas doses, cuja principal vantagem é evitar a reativação do vírus”, informa o infectologista.

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