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Lula: trabalhadores não serão tratados como escravos

Em conversa com a imprensa em Recife (PE), ex-presidente defende acordo entre empresários e movimento sindical para garantir direitos aos trabalhadores


Fotos: Ricardo Struket.

Em entrevista coletiva em Recife (PE), no fim da manhã desta sexta-feira (14/10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a necessidade de o Brasil rediscutir as relações capital/trabalho, de forma que os trabalhadores tenham algum tipo de proteção social e ninguém seja submetido a trabalho análogo à escravidão.

Ele lembrou que, na situação de desemprego e muito trabalho informal, há pessoas que não tem nenhum direito, e defendeu a necessidade de haver um sistema que dê assistência, quando houver infortúnio, e garanta o mínimo de sobrevivência a quem trabalha.

“Nós queremos fazer uma discussão profunda com empresários e movimento sindical sobre a questão da CLT e sobre os direitos dos trabalhadores. A gente não quer uma volta ao passado, a gente quer apenas garantir que os trabalhadores não sejam tratados como escravos. E quer garantir emprego com mais estabilidade porque hoje tem muita gente fazendo bico”, disse em última agenda de viagem ao Nordeste.

Combate à fome e geração de emprego como prioridades
Lula afirmou que, depois do combate à fome, a prioridade é gerar empregos. A retomada das obras paralisadas do PAC é uma das formas de estimular a geração de vagas no início de governo.

“Não tem nada mais dignificante do que trabalhar e com o resultado levar para casa o sustento da família”, afirmou, detalhando que reuniões com governadores e prefeitos das capitais logo no início do mandato, se ganhar as eleições, definirão as obras de infraestrutura prioritárias.

Lula também destacou a necessidade de abrir linhas de crédito para micro, médios e pequenos negócios, além de estímulo também às pessoas que querem empreender e ter seus próprios negócios. “Vamos abrir linhas especiais de crédito via bancos públicos para que a gente possa financiar a sabedoria de quem quiser fazer um negócio. Vamos criar condições e facilitar crédito para o pequeno e médio empreendedor individual. Vamos fazer também incentivo às cooperativas”.
Recuperar o Brasil

O ex-presidente enfatizou também a candidatura da Coligação Brasil da Esperança, com o ex-governador Geraldo Alckmin como vice, tem o objetivo fundamental de recuperar um país que já foi a sexta maior economia do mundo e hoje voltou à 13ª posição. Gerou 22 milhões de empregos formais e hoje tem muita gente sem carteira assinada.

Lula ressaltou que o Brasil precisa dar um salto de qualidade e passar a exportar conhecimento e inteligência. E que voltará a investir em escolas técnicas e universidades , além de encontrar solução para que crianças e jovens prejudicados pelo ensino à distância.

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