BC divulga o Relatório de Estabilidade Financeira
Foto: Pedro Santos.
O Banco Central do Brasil (BC) divulgou hoje o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) referente ao primeiro semestre de 2022. O REF é uma publicação semestral destinada a apresentar o panorama da evolução recente e as perspectivas para a estabilidade financeira no Brasil.
O BC avalia que não há risco relevante para a estabilidade financeira. Testes de estresse de capital demonstram que o sistema bancário possui adequada resiliência. O SFN mantém provisões apropriadas ao nível de perdas esperadas, e capitalização e liquidez confortáveis.
O crescimento do crédito amplo continuou condizente com os atuais fundamentos econômicos. O crédito bancário para pessoas físicas (PFs) manteve o alto ritmo de crescimento. O crédito às micro pequenas e médias empresas (MPMEs) também seguiu crescendo forte. As empresas de maior porte, por sua vez, continuaram acessando principalmente o mercado de capitais, mas voltaram a incrementar operações com o sistema bancário.
O apetite ao risco das IFs seguiu elevado no crédito para microempresas e para pessoas físicas. A materialização de risco aumentou em razão de concessões mais arriscadas em trimestres anteriores e da deterioração da situação financeira de microempresas e famílias. As provisões, no entanto, aumentaram e mantiveram-se superiores às perdas esperadas.
Apesar das maiores despesas com provisões, a rentabilidade do sistema bancário manteve-se estável. Em linha com as altas da Selic, o aumento da margem de tesouraria tem compensado a redução da margem de crédito. Na parcela dos resultados não dependente dos juros, as rendas de serviço cresceram em ritmo mais lento no primeiro semestre de 2022, mas os bancos têm conseguido manter os custos sob controle, em um contexto de inflação elevada.
A base de capital sólida e os resultados dos testes de estresse continuam demonstrando a resiliência do sistema bancário. A capitalização permanece confortavelmente acima dos mínimos regulamentares. Mesmo em simulações com cenários macroeconômicos mais adversos, não haveria ocorrência de desenquadramentos relevantes.
O REF também traz avaliações sobre o sistema financeiro internacional e as infraestruturas do mercado financeiro, e apresenta o resultado da pesquisa de estabilidade financeira. Além disso, os seguintes temas foram selecionados para esta edição: (i) Risco climático de transição; (ii) risco climático físico – seca extrema; (iii) implementação das linhas financeiras de liquidez; (iv) regulamentação prudencial das instituições de pagamento e (v) efeitos da central bank digital currency na intermediação financeira.
Clique para ler o Relatório de Estabilidade Financeira do 1º semestre de 2022.
Clique para acessar a página do REF.
Clique para assistir a coletiva com o Diretor de Fiscalização, Paulo Souza, a partir das 11h.
Clique para ver a apresentação do Diretor de Fiscalização, Paulo Souza.
O Banco Central do Brasil (BC) divulgou hoje o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) referente ao primeiro semestre de 2022. O REF é uma publicação semestral destinada a apresentar o panorama da evolução recente e as perspectivas para a estabilidade financeira no Brasil.
O BC avalia que não há risco relevante para a estabilidade financeira. Testes de estresse de capital demonstram que o sistema bancário possui adequada resiliência. O SFN mantém provisões apropriadas ao nível de perdas esperadas, e capitalização e liquidez confortáveis.
O crescimento do crédito amplo continuou condizente com os atuais fundamentos econômicos. O crédito bancário para pessoas físicas (PFs) manteve o alto ritmo de crescimento. O crédito às micro pequenas e médias empresas (MPMEs) também seguiu crescendo forte. As empresas de maior porte, por sua vez, continuaram acessando principalmente o mercado de capitais, mas voltaram a incrementar operações com o sistema bancário.
O apetite ao risco das IFs seguiu elevado no crédito para microempresas e para pessoas físicas. A materialização de risco aumentou em razão de concessões mais arriscadas em trimestres anteriores e da deterioração da situação financeira de microempresas e famílias. As provisões, no entanto, aumentaram e mantiveram-se superiores às perdas esperadas.
Apesar das maiores despesas com provisões, a rentabilidade do sistema bancário manteve-se estável. Em linha com as altas da Selic, o aumento da margem de tesouraria tem compensado a redução da margem de crédito. Na parcela dos resultados não dependente dos juros, as rendas de serviço cresceram em ritmo mais lento no primeiro semestre de 2022, mas os bancos têm conseguido manter os custos sob controle, em um contexto de inflação elevada.
A base de capital sólida e os resultados dos testes de estresse continuam demonstrando a resiliência do sistema bancário. A capitalização permanece confortavelmente acima dos mínimos regulamentares. Mesmo em simulações com cenários macroeconômicos mais adversos, não haveria ocorrência de desenquadramentos relevantes.
O REF também traz avaliações sobre o sistema financeiro internacional e as infraestruturas do mercado financeiro, e apresenta o resultado da pesquisa de estabilidade financeira. Além disso, os seguintes temas foram selecionados para esta edição: (i) Risco climático de transição; (ii) risco climático físico – seca extrema; (iii) implementação das linhas financeiras de liquidez; (iv) regulamentação prudencial das instituições de pagamento e (v) efeitos da central bank digital currency na intermediação financeira.
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