Não há nenhum elemento, até agora, segundo a defesa de seus advogados, que possa responsabilizar o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Um dos advogados de Ibaneis Rocha, Alberto Toron disse que fará o pedido de reconsideração do afastamento de Ibaneis até a próxima semana
A defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, vai pedir ao Supremo Tribunal Federal que reconsidere o afastamento do chefe do executivo distrital.
Segundo o advogado Alberto Toron, que integra a equipe de defensores de Ibaneis, vai ser pedida a suspensão do prazo de afastamento, mas isso não deve acontecer hoje.
O governador do DF foi afastado do cargo por 90 dias desde 8 de janeiro, quando apoiadores golpistas de Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes apontou omissão e conivência por parte do chefe do Distrito Federal. Foi nessa mesma decisão que Moraes mandou prender o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres.
No dia dos atos antidemocráticos, Ibaneis chegou a publicar um vídeo com desculpas aos presidentes dos Três Poderes. Posteriormente, em nota, o governador afirmou que respeita a decisão do STF e que a investigação vai esclarecer o papel de cada um dos agentes públicos e a disposição do governo distrital em evitar qualquer ato contra o patrimônio público.
A defesa de Ibaneis nega omissão ou conivência do governador afastado diante dos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília. O governador prestou depoimento e entregou dois celulares espontaneamente. Dois dias antes, a PF fez busca e apreensão em três endereços ligados ao emedebista, incluindo a residência dele, no Lago Sul.
Os dois aparelhos passaram por perícia na Polícia Federal.