Homens que mataram pastor durante culto em Águas Claras são condenados

O religioso foi atingido de surpresa nas costas, enquanto estava ajoelhado e orando

Foto: Bento Viana

A Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Águas Claras obteve a condenação de Kádimo Eduardo Lopes Silva a 15 anos de reclusão e de Cledilson dos Santos Gomes a 13 anos, ambos em regime fechado, pelo homicídio do pastor Francisco Antônio dos Santos Marques. O religioso foi morto a tiros durante culto em sua igreja localizada no Areal, em Águas Claras, no dia 4 de outubro de 2020.

No júri, realizado nesta quinta-feira, 11 de maio, em relação ao acusado Kádimo, o conselho de sentença acatou as qualificadoras propostas pelo Ministério Público do DF e Territórios de homicídio praticado mediante pagamento, com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima e mediante o emprego de emboscada. Quanto a Cledilson, considerado o mandante do crime, foi aceita a qualificadora do recurso que dificultou a defesa da vítima e do emprego de emboscada e os jurados entenderam presente a existência de privilégio, o que resultou na diminuição de 1/6 da pena.

Entenda o caso
Cinco meses antes da execução do homicídio, Cledilson propôs a Kádimo que matasse Francisco. Como recompensa, o mandante deu ao executor um revólver calibre .38. Segundo as investigações, um mês antes do crime, Cledilson acompanhou Kádimo até a Igreja em que a vítima pregava como pastor para lhe mostrar o local da execução.

O enredo do crime começou anos antes no estado do Piauí, onde Francisco figurava como acusado de ter matado Lucas, filho de Cledilson, fato que motivou a encomenda da morte do pastor.

No dia 4 de outubro de 2020, Kádimo permaneceu de tocaia nos arredores da Igreja, portando a arma de fogo que lhe foi entregue por Cledilson como pagamento para executar a vítima. Por volta das 10h, assim que Francisco chegou a igreja, o executor entrou de surpresa no local e efetuou seis disparos, sendo um deles, a curta distância, na cabeça da vítima, que estava de costas e rezava ajoelhada. Francisco faleceu em razão dos ferimentos.

Nº do PJE: 0704306-70.2022.8.07.0020 e 0714847-36.2020.8.07.0020

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