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Às vésperas da Copa, projeto transforma vida de meninas que buscam oportunidade no futebol

Iniciativa já revelou atletas para grandes clubes e beneficiou mais de 400 alunas


Crédito: Divulgação/De Peito Aberto


Às vésperas da mais aguardada Copa do Mundo feminina da história, o projeto Esporte na Cidade vem ajudando meninas de diferentes lugares do Brasil a buscar seu espaço no futebol - seja pelo sonho de se profissionalizar ou mesmo para praticar o esporte em um ambiente seguro e livre de preconceitos. O projeto oferece aulas de futebol para meninas, que recebem chuteiras e uniforme completo para a realização das atividades. 

Em Minas Gerais, o projeto é realizado na Arena Independência, em Belo Horizonte, em parceria com o América-MG. Presente na região desde 2019, a iniciativa já beneficiou mais de 400 alunas, algumas já reveladas para os principais clubes do estado. Uma delas é Karoliny Araujo, 14 anos, goleira do Atlético-MG.

Em Salvador, Samara, de 17 anos, encontrou no Esporte na Cidade um ambiente acolhedor para jogar futebol. Na capital baiana, o projeto é desenvolvido no Estádio de Pituaçu, sempre às segundas e quartas. “Tenho o prazer de jogar bola desde os meus cinco anos de idade. Ainda na infância, jogava futebol apenas com os meninos. Tive que enfrentar todo o tipo de preconceito e ficava muito triste com isso. Geralmente ficava na reserva e, quando entrava no jogo, raramente tocava na bola”, lembra ela, que treina na companhia da irmã, Tauane.

Segundo a jovem atleta, são comuns os relatos de preconceito dentro do próprio ambiente familiar das alunas. “Infelizmente, muitas meninas deixam de sonhar por causa do preconceito, que muitas vezes começa em casa. Muitos pais não deixam as filhas treinarem por ouvir coisas absurdas sobre o futebol feminino”, explica.

Em 2021, o projeto de Salvador foi um dos vencedores do Prêmio de Serviço Público das Nações Unidas 2021, na categoria “Promoção de serviços públicos com perspectivas de gênero para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”.

O projeto é desenvolvido pela organização social De Peito Aberto que, há 17 anos, contribui para a educação e o incentivo ao esporte de milhares de crianças e adolescentes de 7 a 17 anos. Nesse período, a instituição já beneficiou mais de 50 mil alunos em situação de vulnerabilidade social que fazem parte das suas diversas iniciativas.

Além do Esporte na Cidade, a De Peito Aberto tem outros projetos espalhados pelo Brasil. “Oportunidade Através do Esporte”, “Educar com Cultura”, “Superação”, “Educa Surf”, “Educa Skate” e “Breaking Olímpico” são alguns deles, viabilizados com o apoio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte e a ajuda de parceiros privados, entre eles Tecnobank, Pirelli, Braskem, Iveco, Grupo CNH, White Martins, Vale, entre outros.

Minas Gerais, Bahia e Pará são os estados atendidos pela instituição que, nos próximos anos, pretende ampliar a atuação pelo Brasil. As inscrições para os projetos da organização são divulgadas nas redes sociais e no site da instituição: depeitoaberto.org.br.

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