A Câmara Municipal de Novo Gama, em uma tentativa de abordar as crescentes preocupações da comunidade em relação à qualidade do sistema de distribuição de energia, convocou a empresa Equatorial para um procedimento de sabatina. O ato convocatório foi aprovado nos termos legais do regimento interno da Câmara, e um representante da Equatorial foi solicitado, por meio de ofício, para se apresentar em uma sessão ordinária agendada para o mês de agosto.
No entanto, a Equatorial solicitou o reagendamento da sabatina, alegando a necessidade de identificar as demandas que poderiam ser tratadas com maior brevidade. Um novo acordo foi estabelecido, marcando a apresentação da empresa perante o Poder Legislativo para quinta-feira, 26 de outubro, durante uma sessão ordinária. Infelizmente, a Equatorial não compareceu à sessão, gerando preocupações e descontentamento.
O presidente da Câmara de Novo Gama, Paulo Jordão, utilizou o plenário para manifestar sua preocupação à população. Ele informou que, caso seja identificada a falta de interesse por parte da Equatorial em comparecer à sabatina, a Câmara está disposta a formalizar uma denúncia junto ao Ministério Público do Estado de Goiás. Isso ocorre devido à preocupação de que a empresa se recuse a prestar esclarecimentos à comunidade de Novo Gama a respeito do serviço de natureza pública, que engloba melhorias, implementações e questões gerais e locais relacionadas ao sistema de distribuição de energia.
Essa situação de impasse entre a Câmara de Novo Gama e a Equatorial levanta questionamentos sobre a responsabilidade das concessionárias de energia em atender às necessidades da população e fornece um exemplo de como as autoridades locais estão dispostas a agir em defesa dos interesses de seus cidadãos.
Recentemente o Procon Goiás autuou a concessionária de energia Equatorial, após o órgão considerar “insatisfatória e insuficiente” a resposta apresentada pela empresa aos questionamentos feitos sobre as constantes quedas de energia no Estado. Caso não apresentasse defesa, a distribuidora de energia poderia ser penalizada com multa administrativa cujo valor pode chegar a R$ 11 milhões.
A notificação entregue pelos fiscais do Procon Goiás à concessionária de energia, no último dia 28 de setembro, solicitava uma série de esclarecimentos, entre eles:
– Os motivos das frequentes interrupções dentro do mesmo período diário, especialmente em Goiânia;
– As medidas tomadas desde o início das atividades da empresa, visando melhorias na manutenção preventiva e corretiva da rede;
– Documentos que comprovassem os investimentos, entre outros.