Em
palestra com o mastologista Leonardo
Ribeiro Soares, as participantes tiveram a oportunidade de solucionar várias
dúvidas
A campanha Outubro Rosa, de
conscientização do câncer de mama, não passou em branco na Unimed Federação
Centro Brasileira. Nesta quinta-feira, 26, a Federação promoveu uma palestra para
as colaboradoras sobre a importância do diagnóstico precoce da doença, que é o
segundo tipo de câncer mais comum entre as brasileiras, segundo o Instituto
Nacional de Câncer (Inca).
“Se não aprendermos mais sobre o
câncer de mama, continuaremos repetindo aqueles mitos sobre a doença ser uma
sentença de morte ou que não é necessário se cuidar”. Foi assim que o médico
mastologista Leonardo Ribeiro Soares iniciou a sua apresentação.
Ele relatou que cerca de 30% de
tumores em mulheres aparecem nas mamas. Além disso, os diagnósticos estão
aumentando em jovens e a suspeita é que o motivo esteja nos hábitos ruins de
vida, como alimentação pouco saudável, sedentarismo e exposição à poluição.
“Muitas pacientes me perguntam
sobre as taxas de cura e vemos dados mostrando que chegam a 94% em regiões do
Brasil”, afirmou o médico, que é vice-presidente da Sociedade Brasileira de
Mastologia - Regional Goiás (SBM-GO). Mas, para alcançar essas chances de
recuperação, é preciso fazer o diagnóstico precoce da doença.
Essa identificação rápida passa
pela mamografia, que consegue verificar a presença de nódulos pequenos. “É o
único exame que detecta as microcalcificações. Por mais que venham outros
exames, nada substitui a mamografia”, explicou Leonardo.
O procedimento é indicado a
partir dos 40 anos de idade, quando a identificação de tumores se torna mais
precisa. Já o ultrassom das mamas é solicitado quando a mulher possui uma mama
muito densa e para complementar a mamografia. “Geralmente, esses exames são
associados”, observou o médico.
Como surge o câncer de mama?
O médico mastologista mostrou
como, no decorrer de anos, algumas células se multiplicam erroneamente,
causando o câncer de mama. Segundo ele, a doença é progressiva, o que reforça a
necessidade de realização de exames regularmente. “Mesmo quando não conseguimos
identificar nada neste ano, podemos fazer o diagnóstico no próximo”.
Todas as mulheres precisam ter
esse cuidado, mas existem alguns fatores que requerem atenção extra, como a primeira
menstruação antes dos 12 anos, a menopausa tardia (após 55 anos) e fatores
genéticos.
Todavia, existem fatores de
risco que podem ser alteradas, o que ajuda a evitar o câncer de mama. Quais? A
prática de exercícios físicos, controle do peso, não fumar e manter uma
alimentação saudável, por exemplo.
O diagnóstico
Mesmo com o resultado da
mamografia apontando a existência de tumores, a confirmação do câncer só é
feita com uma biópsia, de acordo com Leonardo Soares. Além disso, as mulheres também
podem analisar as mamas regularmente, no chamado autoexame, a fim de conhecer
melhor o seu corpo e identificar possíveis alterações.
Os sinais de alerta envolvem a
sensação de um nódulo duro no seio, saída de secreção sanguinolenta ou
transparente pelo mamilo, retração no formato da mama, mamilo invertido,
feridas na pele e um aspecto de alergia que não passa.
“Sempre falo às pacientes para
não entrar em desespero ao palpar um nódulo pois, felizmente, a maioria é
benigna”, esclareceu Leonardo Soares.
Por fim, o médico solucionou as
dúvidas das participantes e explicou várias questões comuns quando o assunto é
o câncer de mama, como os riscos em quem tem prótese de silicone, quando fazer
o teste genético e as situações que tornam a consulta com o mastologista
necessária.
Presente para quem se cuida
Em 2022, também foram realizadas
ações da campanha Outubro Rosa na Unimed Federação Centro Brasileira. Por isso,
neste ano, as colaboradoras passaram por uma pesquisa para saber quais delas se
cuidaram contra o câncer de mama. Todas ganharam brindes, e quem comprovou que
realizou os exames preventivos e outros cuidados receberá mais presentes!