Na foto presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília |
Presidente aceita convite para esclarecimentos em encontro com a Câmara Legislativa
O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, confrontou as alegações de deterioração dos indicadores do banco, reforçando os sólidos resultados apresentados no terceiro trimestre de 2023. As acusações, que envolvem supostos prejuízos na parceria com o Flamengo e venda da carteira de consignados, foram desafiadas pelo próprio presidente em uma reunião com diretores.
De acordo com o balanço do terceiro trimestre, o BRB registrou um lucro líquido de R$ 76,4 milhões, representando um aumento notável de 34,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os ativos totais do banco atingiram a marca de R$ 48,4 bilhões, um crescimento de 20,5% em 12 meses. A carteira de crédito também apresentou um aumento significativo, alcançando R$ 34,6 bilhões, com um crescimento de 19,4%.
Paulo Henrique destacou a gestão austera, o aumento do relacionamento com clientes e melhorias nos produtos e serviços como fatores impulsionadores desses resultados. Ele ressaltou o crescimento da carteira de crédito em diversos segmentos, incluindo financiamento imobiliário, crédito a pessoas físicas e empresas, e crédito rural. A inadimplência, um indicador crucial, encerrou setembro em 2,01%, abaixo da média de mercado de 3,6%.
Além dos números financeiros robustos, o BRB reforçou seu compromisso social, operacionalizando 14 programas do Governo do Distrito Federal, beneficiando aproximadamente 400 mil famílias. O banco desempenha um papel estratégico na execução de políticas públicas, exemplificado pela entrega do Jardim Burle Marx após 48 anos de espera.
Ainda, no setor digital, o BRB alcançou 94,9% das transações totais em canais digitais, destacando o lançamento do super app desenvolvido no Vale do Silício. Em meios de pagamento, a base de cartões ativos cresceu 18%, com um faturamento de R$ 2,2 bilhões. Em sustentabilidade, o BRB tornou-se o primeiro banco brasileiro a usar PVC 100% reutilizado em seus cartões.
O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, contestou nesta sexta-feira (11) as alegações de que o banco público apresenta deterioração dos indicadores. Em entrevista à imprensa, ele afirmou que os resultados do BRB estão "em linha com as expectativas" e que o banco "está crescendo e se consolidando no mercado".
Costa disse que as críticas ao BRB são "infundadas" e que partem de "interesses políticos". Ele destacou que o banco tem apresentado resultados positivos nos últimos anos, com crescimento da carteira de crédito, aumento da rentabilidade e redução da inadimplência.
"O BRB é um banco sólido e bem administrado", afirmou Costa. "Estamos trabalhando para continuar crescendo e oferecendo os melhores produtos e serviços aos nossos clientes."
A alegação de deterioração dos indicadores do BRB foi feita por entidades representativas dos servidores públicos do Distrito Federal. Em abril, essas entidades recomendaram a rejeição das contas do banco referentes ao exercício de 2021.
As entidades apontaram, entre outros problemas, um suposto prejuízo na parceria do BRB com o Flamengo e falta de transparência nas contas do projeto. Elas também criticaram a venda da carteira de consignados do BRB, que foi feita por um valor inferior ao estimado.
O presidente do BRB foi intimado por deputados distritais a prestar contas em uma reunião com o comando do banco público. A reunião será realizada na próxima segunda-feira (13).
Costa disse que está disposto a esclarecer todas as dúvidas dos deputados. Ele afirmou que o BRB é um banco transparente e que está aberto ao diálogo.
O BRB, com uma história de contribuições significativas para o desenvolvimento econômico, social e humano do Distrito Federal, permanece firme em sua missão, apesar das recentes controvérsias. Resta agora aguardar os esclarecimentos que serão apresentados na reunião com os deputados distritais, proporcionando maior transparência sobre os temas em debate.