Os atendimentos serão gratuitos e acontecerão no Hospital
das Clínicas, das 9 às 15 horas. A expectativa é atender 1 mil pacientes
No próximo sábado, 2 de dezembro, a Sociedade Brasileira de
Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO) vai realizar, em Goiânia, mais uma
edição do mutirão de atendimento da Campanha Dezembro Laranja, uma grande
mobilização nacional para a prevenção, o diagnóstico e tratamento precoces do
câncer de pele, um tipo da doença que representa 33% de todos os casos de
câncer registrados no Brasil.
Das 9 às 15 horas, voluntários da SBD-GO estarão no Hospital
das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, para o atendimento gratuito à
população. As consultas serão feitas por ordem de chegada dos pacientes. A
entrada será pelo Portão A, do HC, na 1ª Avenida, Setor Leste Universitário. A
expectativa, de acordo com o coordenador local da campanha, dermatologista
Samir Pereira, é atender cerca de 1 mil pacientes.
Durante os atendimentos, os médicos vão avaliar os pacientes
para identificar lesões suspeitas de câncer de pele e orientá-los sobre a
prevenção. Quando forem identificadas essas lesões, os pacientes serão
encaminhados para investigação e tratamento especializado no HC/UFG.
Esse mutirão acontecerá simultaneamente em 100 postos
instalados em todo o Brasil, onde cerca de 3,5 mil dermatologistas voluntários
trabalharão para ajudar na prevenção do câncer de pele. A Campanha Dezembro
Laranja foi criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em 1999 e, desde
2014, recebe esse nome. Em 2009, a SBD ganhou o Prêmio Guiness World of Records
pela maior campanha médica do mundo em um dia e maior campanha mundial de
prevenção ao câncer da pele.
Saiba mais sobre o câncer de pele
O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos
desta doença no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A cada
ano, são registrados cerca de 185 mil novos casos. A doença é provocada pelo
crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele.
Os tipos mais comuns do câncer de pele são os carcinomas
basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da
doença por ano. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais
agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente. O diagnóstico
precoce é fundamental para o sucesso do tratamento do câncer de pele.
Tipos da doença
Carcinoma basocelular (CBC) - É o tipo mais prevalente e
surge mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas,
pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Tem baixa letalidade e pode ser
curado em caso de detecção precoce. Costuma se apresentar como uma pápula
vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade.
Carcinoma espinocelular (CEC) - Pode se desenvolver em todas
as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como
orelhas, rosto, couro cabeludo e pescoço. Tem coloração avermelhada e pode se
parecer com uma verruga ou uma ferida espessa e descamativa, que não cicatriza.
Melanoma - O menos frequente dos cânceres da pele, o
melanoma tem o mais alto índice de mortalidade. Apesar disso, as chances de
cura são de mais de 90%, quando detectado precocemente. Costuma ter a aparência
de uma pinta ou de um sinal em tons acastanhados ou enegrecidos, que mudam de
cor, de formato ou de tamanho.
Fatores de risco
Alguns fatores podem elevar os riscos de câncer de pele:
Ter alguém na família que tem ou já teve câncer da pele.
Já ter tido muitas queimaduras de sol durante a vida,
daquelas que deixam a pele muito vermelha e ardendo.
Ter muitas sardas ou pintas pelo corpo.
Ter a pele muito clara, do tipo que sempre queima no sol e
nunca bronzeia.
Já ter tido câncer da pele.
Ter mais de 50 anos.
Prevenção
Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos
efeitos da radiação UV são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e
outros tipos de tumores de pele. Confira as principais medidas de proteção:
Usar chapéus, camisetas, óculos escuros com proteção UV e
protetores solares.
Cobrir as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma
camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas.
Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e
16 horas (horário de verão).
Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou
lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam
uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários
de lazer ou de diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e
UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada quatro horas, mas
se for nadar ou tiver transpiração excessiva a cada duas horas. Ao utilizar o
produto no dia a dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes
de sair para o almoço.
Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou
manchas suspeitas.
Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares
podem ser usados a partir dos seis meses e vêm com a especificação Kids.
Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para
um exame completo. (Fonte: SBD)