Alice Alamini
Mariano, de 11 anos, recebeu o diagnóstico aos 5 anos e realizou parte do
tratamento no Hemolabor
“Pelo
tratamento certo, pelos remédios certos e por todo o resto (...) me fizeram
perceber que você é a melhor doutora do mundo”. Com essas palavras, Alice
Alamini Mariano, de 11 anos, registrou em uma carta sua gratidão à médica
hematologista do Hemolabor, Leandra Queiroz. A profissional foi uma das
responsáveis pelo acompanhamento e tratamento oncológico da pequena paciente,
que recebeu o diagnóstico de leucemia linfoide aguda (LLA B AGUDA), pouco
depois de completar 5 anos de idade.
Os
procedimentos terapêuticos de Alice tiveram início em dezembro de 2017 e, neste
período, para resguardar a saúde da criança, a família precisou se adaptar a
uma nova rotina, ficando mais em casa, abrindo mão de frequentar a escola e
receber visitas. Natural de Santa Catarina, também foi necessário providenciar
a mudança para Goiânia para continuar o tratamento. A alta médica aconteceu em
dezembro de 2020 e desde então a família comemora esta nova etapa e o período –
que já somam três anos - livre de qualquer medicação.
“Hoje, com as
bênçãos de Deus e a ajuda de todos que cruzaram nosso caminho, voltamos a ter
uma vida normal. Viagens, piscina, praias, passeios, festas, escola e tudo o
que qualquer outra pessoa tem. Nosso maior sonho e projeto de futuro é que
Alice se torne uma pessoa do bem, de bom coração, boa índole e, principalmente,
que ela seja muito feliz. Importante ressaltar também o cuidado humanizado e
individual que cada paciente recebe, que faz total diferença. Aliás, jamais
conseguiremos agradecer a cada ‘anjo’ que passou em nossa vida. Alguns
rapidamente, outros por todo o tratamento e outros ainda que ficaram até hoje,
que consideramos como se fossem da família”, pontua Renata Alamini, mãe de
Alice.
O gesto
emocionou a médica hematologista Leandra Queiroz, que atua especialmente em
casos de câncer em crianças. “Receber cartinha aquece meu coração. Como fico
feliz por saber que as crianças que cuido com tanto amor, crescem saudáveis,
tornam-se adolescentes conscientes e aprendem que a vida tem muitos altos e
baixos. Nem toda tristeza e nem toda alegria duram para sempre. Vencer os
obstáculos com
serenidade, fé e muita resiliência faz de nós pessoas melhores. Eu me incluo
neste aprendizado infinito com os pais e pacientes do meu coração. Gratidão é
um sentimento que aprendemos com a vida”, reflete.
A mensagem da
pequena Alice expressa na folha de papel vem acompanhada de muita gratidão,
alegria e alívio: “Já ia me esquecendo, muito obrigada por me livrar do câncer,
graças a você, hoje estou viva”.
Dia
Internacional do Câncer na Infância
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que para cada ano do
triênio, de 2023 a 2025, sejam diagnosticados no Brasil aproximadamente 8 mil
novos casos de câncer infantojuvenil. O dia 15 de fevereiro foi instituído como
o Dia Internacional do Câncer na Infância e tem o objetivo de alertar sobre a
importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado.
No País, o câncer já representa a primeira causa de morte por
doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Os tipos mais comuns de
câncer infantil são leucemias (que acomete os tecidos produtores de sangue),
linfomas (sistema linfático) e tumores cerebrais. A médica hematologista
Leandra Queiroz explica que muitas vezes os sintomas do câncer infantil
assemelham-se a sintomas de doenças comuns na infância, o que pode atrapalhar o
diagnóstico precoce.
“É preciso se atentar aos sintomas persistentes. Febres, ínguas,
manchas pelo corpo que não desaparecem, são sinais que precisam ser levados em
consideração. Com a persistência dos sintomas, é preciso informar o pediatra,
para início de uma investigação mais profunda. O tratamento de um câncer
infantojuvenil depende do tipo e estágio. Mas geralmente são indicadas
quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e até cirurgia. A boa notícia é que a
maioria das crianças com câncer se cura. Por isso, nesta data tão importante,
reforçamos sobre a união de esforços entre família e profissionais, para que
haja um diagnóstico rápido e o tratamento adequado para proporcionar à criança
a plena recuperação de sua saúde”, finaliza.