Dados refletem às novas políticas das empresas voltadas para
a diversidade
O movimento feminista, que luta pela igualdade e diretos das mulheres, reflete nas últimas transformações do papel feminino na sociedade. Apesar das dificuldades, a influência da mulher no mercado de trabalho é cada vez mais expressivo. Segundo uma pesquisa realizada pela Grant Thornton, empresa global de auditoria, consultoria e tributos, mostra que as mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança no Brasil. O resultado representa um avanço significativo comparado a 2019, quando a proporção era de 25%. O movimento é um reflexo das mudanças feitas pelas empresas nos últimos anos, que visa integrar colaboradores de acordo com os pilares de ESG e inclusão, sendo das mulheres um dos pontos que mais avançou nos últimos dez anos.
Além disso, o estudo da consultoria McKinley mostra que a presença de mulheres no mercado de trabalho e em cargos de liderança pode gerar um aumento de até US$ 12 trilhões no Produto Interno Bruto (PIB) global até 2023. No caso do Brasil, o acréscimo seria de cerca de US$ 410 bilhões. O professor do Curso de Recursos Humanos da Faculdade Anhanguera, Jocimar Douglas, destaca que o movimento é de extrema importância para a inclusão de mulheres nos negócios. “É preciso quebrar barreiras para empresas que ainda resistem a presença feminina, pois um primeiro movimento gera grandes transformações em toda a estrutura. Ou seja, com a entrada de uma mulher, a porcentagem de chances de abrir oportunidades para o público feminino aumenta ainda mais”, explica.
Entretanto, mesmo com o aumento da proporção de mulheres na
liderança de empresas, as dificuldades ainda são muitas. Entre elas está a
desigualdade salarial entre gêneros, em que os homens ganham mais do que as
mulheres, ocupando o mesmo cargo dentro de uma organização, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), eles recebem salários 22%
maiores. Para Jocimar, esse é apenas mais um dos dilemas enfrentados. “Não há
equidade em relação aos salários entre homens e mulheres, além disso, muitas
empresas optam por desligar uma colaboradora durante o período de licença
maternidade ou até suspender o contrato em casos de gravidez. É preciso
combater todos esses conceitos para os dados das próximas pesquisas sejam ainda
mais relevantes e significativos”.