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Ensino técnico cresce no Brasil e pode ser porta fundamental para entrada no mercado de trabalho

Últimos dados do Censo Escolar aponta um crescimento para 2,4 milhões de matrículas na educação técnica em 2023, um aumento de 12,1% em relação a 2022


Foto: Renato Oliveira.

Em agosto é celebrado o mês do estudante, ocasião que destaca tanto o cenário atual quanto as oportunidades de melhorias educacionais. Neste contexto, o curso técnico surge como uma das grandes apostas para contribuir com o aprendizado, desenvolvimento e ingresso no mercado de trabalho.

De acordo com dados recentes do Censo Escolar, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o número de matrículas na educação técnica cresceu para 2,4 milhões em 2023, registrando um aumento de 12,1% em relação ao ano anterior.

O diretor da Faculdade Anhanguera, Roberson Fonte, destaca que os estudantes que optam por cursos técnicos têm a oportunidade de desenvolver habilidades e competências específicas, que atendem às necessidades demandadas pelo mercado de trabalho.

Uma pesquisa da Insper, em parceria com o Itaú Educação e Trabalho o Instituto Unibanco, revelou que as pessoas que cursam o ensino técnico ao longo de sua vida profissional têm uma remuneração, em média, 32% mais elevada no mercado de trabalho. Outro estudo dessas instituições indica que um aumento na oferta de ensino médio técnico pode impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2,32%.

Roberson explica que a principal diferença entre a preparação para o mercado de trabalho oferecida pelos cursos técnicos está em os profissionais estarem preparados para auxiliar as empresas em suas demandas com mais agilidade devido já terem o conhecimento da área e executarem a prática com mais autonomia do que o profissional que ainda está aprendendo sobre o setor. Diversas áreas técnicas se destacam como promissoras para o mercado de trabalho, podendo variar conforme cada região. Entre elas estão tecnologia, desenvolvimento de software, enfermagem, logística, transporte e distribuição.

Além da duração reduzida e dos conteúdos práticos voltados para inserção rápida no mercado de trabalho, os cursos técnicos apresentam também outras vantagens, a oportunidade para realizar estágios remunerados em empresas (exceto cursos na área da saúde), certificações intermediárias ao longo do curso, além de todos serem reconhecidos pelos órgãos de classe, como o COREN, no caso da área de enfermagem. Por último, mas não menos importante, o diploma da formação técnica auxilia os estudantes a conseguirem o primeiro emprego. Em relação à empregabilidade, o diretor destaca que os cursos técnicos possuem uma vantagem significativa, já que desenvolvem habilidades específicas aplicáveis à área de atuação.

“As empresas valorizam a formação técnica porque, mesmo sem experiência prévia, o estudante desenvolve habilidades essenciais para suas funções. Isso os torna mais competitivos no mercado de trabalho. A visão do mundo profissional e as competências adquiridas no ensino técnico ajudam o estudante a planejar sua carreira, entender melhor a área e decidir sobre possíveis estudos superiores, seja na mesma área ou em uma diferente", finaliza Roberson.



Oportunidade de mercado

A Anhanguera de Linhares tem em seu leque de cursos disponíveis, o Técnico de Enfermagem em formato presencial. Nele o aluno possui aulas segunda a sexta-feira em três turnos disponíveis, sendo matutino, vespertino e noturno, além de material didático e atividades disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Segundo Roberson, o curso tem um diferencial interessante para quem deseja ingressar rapidamente ao mercado de trabalho.

“O curso Técnico de Enfermagem possui dois anos de duração, sendo que com um ano, o aluno já está habilitado, por meio de uma certificação, para trabalhar com auxiliar de enfermagem, o que é muito benefício para aqueles que querem ingressar rapidamente no mercado. Ao final do curso, o aluno recebe a certificação técnica, que pode aumentar ainda mais o leque de oportunidades no setor”, conclui.

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