No debate da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) entre os candidatos à presidência da OAB-DF, nesta sexta-feira (9), Karol Guimarães, candidata pela chapa 99 - A OAB Que Eu Preciso, demonstrou clara liderança ao se posicionar de forma firme e apresentar propostas concretas para o futuro da advocacia no Distrito Federal. Em meio a um cenário de acusações e tumultos protagonizados por candidatos vinculados aos grupos que dominam a OAB-DF há vinte anos, Karol manteve seu foco nas soluções e mostrou que sua chapa representa a verdadeira renovação que a advocacia precisa.
Defendendo a inclusão dos 99% da advocacia marginalizada pela instituição nos últimos anos, Karol foi alvo de ataques por sua idade, recebendo críticas da candidata Cristiane Damasceno. Demonstrando preparo e segurança, Karol rebateu: “Tenho experiência e conhecimento. Como pós-graduada em Gestão, estou pronta para abrir a ‘caixa-preta’ da OAB-DF e trazer a transparência que a advocacia merece”.
Entre as propostas destacadas, Karol mencionou a implantação do Botom Inteligente da OAB, com capacidade para gravar e filmar, dando fim à proibição da advocacia de registrar seus atos. Além disso, a chapa 99 pretende formar agentes de prerrogativas pela Escola Superior de Advocacia (ESA), que atuarão preventivamente junto ao sistema de Justiça, abrangendo instituições como o INSS, o Ministério Público e os presídios. A inteligência artificial também será utilizada para monitorar o Diário de Justiça Eletrônico, garantindo que violações de prerrogativas, como honorários abaixo do mínimo, sejam acompanhadas e corrigidas pela OAB-DF.
Educação e apoio à advocacia jovem e de menor poder aquisitivo
A candidata também se comprometeu a criar um fundo de apoio à educação continuada para advogados em início de carreira e com menos recursos, oferecendo acesso igualitário a especializações de qualidade. Karol garantiu que, em sua gestão, advogados recém-ingressos contarão com incentivos para abrir seus primeiros escritórios, além de suporte em marketing para auxiliar na captação de clientes.
A renovação é urgente, e a Chapa 99 está pronta para liderar essa transformação
, afirmou.
Enfrentando as ‘panelinhas’ e denunciando práticas antiéticas
Sem hesitar, Karol criticou os candidatos das ‘panelinhas’ que, segundo ela, brigam entre si pelo poder sem apresentar nenhuma solução para a classe. Em relação ao candidato Paulo Maurício Siqueira, o “Poli Laranjinha”, Karol destacou a incongruência entre o slogan ‘OAB para Todos’ e o histórico de atuação do candidato. “Poli é da atual gestão da OAB e, agora, vem com essa de “OAB para todos”. O slogan da campanha dele é a maior prova que a OAB do seu grupo nunca foi para todos”, ressaltou. Em resposta a Everardo Gueiros, ou “Vevé”, comparado a figuras políticas inconsistentes, Karol reforçou a falta de coerência no grupo que tenta manipular a classe.
Durante o debate no poder legislativo local, a candidata Cristiane Damasceno tentou desqualificar Karol Guimarães, que tem 37 anos, pela idade, questionando sua experiência para assumir a presidência da OAB-DF. No entanto, “em um movimento que revela seu próprio desespero diante de uma iminente derrota, Cristiane conta com o apoio de Estefânia Viveiros, que assumiu a presidência da OAB-DF aos 30 anos, contrariando o mesmo argumento que agora usa contra mim”, disparou Karol. “Essa postura é um claro exemplo de hipocrisia. Cristiane critica a minha idade enquanto se beneficia do suporte de alguém que, no passado, provou que juventude não impede competência e capacidade de liderar. Isso é muito desespero e hipocrisia”, denunciou Karol Guimarães.
Em uma crítica contundente, Karol disse que teve notícia de um suposto plágio cometido pela candidata Cristiane Damasceno. Karol Guimarães contou que a conselheira federal Carol Carvalho, do Maranhão, relatou ser seu um projeto de lei sobre assédio moral e não de Cristiane Damasceno como a própria anuncia em sua campanha. “Esse tipo de conduta reflete a falta de ética que temos que banir da OAB-DF”, ressaltou. A candidata também repudiou o uso político das cotas raciais pela Ordem, alertando que o tema deve ser tratado com seriedade e respeito. Karol Guimarães fez questão de contar ao público presente que Poli impugnou 7 candidatos negros de sua chapa. “Ele não respeita os negros da chapa 99”, denunciou.
Por uma advocacia inclusiva e representativa
Karol, que é negra, reforçou que seu compromisso é com uma OAB-DF inclusiva, que acolha advogados negros, mulheres, PCDs e todas as minorias. “Para mim, a advocacia é para todos: pessoas com deficiência, negros, mulheres, e até aqueles que defendem os direitos dos animais. Respeito e inclusão são essenciais para uma OAB que verdadeiramente represente nossa classe”, declarou.
Determinada, Karol concluiu seu discurso com um chamado à mudança:
É hora de quebrar as panelinhas que se perpetuam no poder há 20 anos. A advocacia precisa de renovação e representatividade. Para uma advocacia inclusiva e transparente, vote 99.