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Novembro vermelho: campanha alerta para prevenção e diagnóstico precoce do câncer bucal


 Especialista reforça a importância de reconhecer sinais precoces e adotar hábitos saudáveis para diminuir o risco da doença


De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 15 mil novos casos de câncer bucal são diagnosticados anualmente no Brasil, com uma taxa de mortalidade elevada, já que muitos pacientes só buscam ajuda médica quando a doença está em estágio avançado. A campanha Novembro Vermelho busca conscientizar a população sobre os riscos dessa doença e reforçar a importância do diagnóstico precoce, essencial para aumentar as chances de cura e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.


O câncer bucal afeta lábios, língua, gengivas e outras regiões da boca, sendo o tabagismo e o consumo excessivo de álcool alguns dos principais fatores de risco. Além disso, a exposição ao sol sem proteção adequada pode aumentar as chances de câncer nos lábios. A cirurgiã-dentista Ianara Pinho explica que a campanha também orienta sobre esses fatores. “Muitos não sabem que hábitos como fumar e beber em excesso são responsáveis por grande parte dos casos. É essencial que essas informações cheguem ao público, para que possam adotar hábitos preventivos”, afirma.


Ianara destaca que as consultas regulares ao dentista são fundamentais na prevenção e no diagnóstico precoce. “O exame clínico feito por um profissional capacitado é capaz de identificar lesões suspeitas que, muitas vezes, o paciente nem percebe. Qualquer alteração que dure mais de 15 dias, como feridas na boca ou manchas, deve ser investigada”, orienta a especialista, lembrando que o diagnóstico precoce pode fazer uma grande diferença no tratamento.


Ianara lista alguns fatores de risco para o câncer bucal:


1. Tabagismo: O uso de cigarros e outros produtos de tabaco aumenta significativamente o risco de desenvolver câncer bucal.

2. Álcool em excesso: O consumo elevado de bebidas alcoólicas é outro fator importante que contribui para o aparecimento da doença.

3. Exposição ao sol sem proteção: A falta de proteção solar, especialmente nos lábios, pode aumentar o risco de câncer bucal, principalmente em áreas expostas.

4. Alimentação inadequada: Dietas pobres em frutas e vegetais e ricas em alimentos processados podem contribuir para o desenvolvimento do câncer bucal.

5. Infecção pelo HPV: O Papilomavírus Humano (HPV), especialmente tipos de alto risco, está relacionado ao câncer na região orofaríngea.

6. Histórico familiar: Pessoas com antecedentes familiares de câncer bucal têm maior chance de desenvolver a doença.

7. Idade avançada: O risco de câncer bucal aumenta com a idade, sendo mais comum em pessoas com mais de 40 anos.

8. Sistema imunológico enfraquecido: Indivíduos com baixa imunidade, como aqueles com HIV ou que fazem uso de medicamentos imunossupressores, estão mais vulneráveis.


De acordo com a especialista, a campanha não se limita a alertar sobre os sintomas e fatores de risco; ela também incentiva uma atitude ativa em relação à saúde bucal. “A adoção de medidas simples, como proteger os lábios do sol, evitar o cigarro e o consumo excessivo de álcool, e manter uma alimentação equilibrada, pode salvar vidas. Cuidar da saúde bucal é também uma forma de cuidar da saúde geral”, conclui Ianara.


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