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Dia mundial da Água: Adasa debate uso racional dos recursos hídricos

A Agência Regulaora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) realizou, no dia 18 de março, o evento "Uso Racional da Água e Mudanças Climáticas", em celebração ao Dia Mundial da Água

Foto: Adasa

O encontro reuniu especialistas, autoridades e representantes de diversas instituições como Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Banco do Brasil, Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Companhia Energética de Brasília (CEB), Tribunal de Contas da União (TCU) e Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) para debater a gestão sustentável dos recursos hídricos e os desafios impostos pelas mudanças climáticas no Distrito Federal.

A mesa de abertura contou com a participação dos diretores da Adasa Felix Palazzo, Apolinário Rebelo e Rogério Rosso; do ouvidor da Agência, Fernando Martins; e do superintendente de Abastecimento de Água e Esgoto, Rafael Mello.

Na ocasião, Palazzo deu início às atividades reiterando a necessidade de ações integradas para garantir a segurança hídrica da região. “É com grande satisfação que damos as boas-vindas a todos neste evento de extrema relevância, que aborda uma causa tão cara à Adasa: o uso racional e responsável da água. Agradecemos profundamente a participação de todas as instituições e setores envolvidos nessa agenda estratégica, que é a gestão hídrica. Hoje, celebraremos iniciativas exemplares através da premiação do Prêmio Guardião da Água, reconhecendo quem contribui para a conservação e reutilização de recursos hídricos", afirmou o diretor.

Na programação, palestras da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e da Adasa, abordaram os impactos das mudanças climáticas na disponibilidade hídrica e iniciativas exitosas como o monitoramento de chuvas intensas por meio do Sistema de Monitoramento de Chuvas Urbanas Intensas (SIMCURB) trouxeram informações importantes e enriqueceram o debate.

Cássio Guilherme Rampinelli, que trabalha atualmente na Coordenação de Mudança do Clima da ANA, apresentou uma pesquisa inovadora sobre mudanças climáticas com foco no Distrito Federal, destacando a importância de dados geoespaciais para compreender e prever a disponibilidade hídrica nas próximas décadas. A pesquisa, que integra informações complexas e aborda as incertezas climáticas, se propõe a capacitar gestores e tomadores de decisão a interpretar e aplicar esses dados nas esferas local e nacional para mitigar os riscos climáticos. “Para isso é essencial desenvolver ferramentas e estratégias que permitam às comunidades se apropriarem dessas informações, garantindo um planejamento eficaz diante das mudanças iminentes", destacou.

Já o coordenador de Fiscalização e Monitoramento da SDU, Luciano Leoi, apresentou o SIMCURB (Sistema de Monitoramento de Chuvas Urbanas) que visa aprimorar o monitoramento pluviométrico no Distrito Federal, contribuindo para a gestão de recursos hídricos e a prevenção de eventos climáticos extremos. “Atualmente, o sistema conta com 40 estações distribuídas em 33 das 35 regiões administrativas do DF, todas operando de forma autossuficiente com energia solar e transmitindo dados em tempo real a cada cinco minutos”, explicou.

Com o objetivo de cobrir todas as regiões administrativas e focar em áreas críticas, Leoi destacou ainda planos de expansão do sistema, prevendo a ampliação para 42 estações até abril de 2025 e a duplicação do número de estações até janeiro de 2026. “O sistema traz benefícios significativos para a administração pública, auxiliando a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros em respostas rápidas a emergências, otimizando a alocação de recursos pelas administrações regionais e garantindo maior qualidade na prestação de serviços de drenagem”, finalizou.

Em seguida, foi lançado o Guia de Conservação e Gestão da Água em Edificações, apresentado pelo servidor Fabio Diniz, da Superintendência de Abastecimento de Água e Esgoto (SAE). O material oferece orientações técnicas para a gestão eficiente da água em edificações residenciais, comerciais e públicas, abordando práticas alinhadas às diretrizes da Resolução Adasa nº 5/2022, que normatiza os sistemas prediais de água não potável no Distrito Federal.

"O guia busca incentivar soluções sustentáveis, promovendo a conservação da água e a redução do desperdício", resumiu Diniz. Ele também ressaltou a importância da qualificação técnica e do engajamento coletivo na gestão hídrica. "O que buscamos ao avaliar um empreendimento para conceder o selo de Guardião da Água? Primeiro, que o sistema seja projetado por um profissional capacitado, garantindo conformidade com as normas técnicas e segurança tanto sanitária quanto ambiental. Além disso, é essencial monitorar a qualidade da água para assegurar que o tratamento seja eficaz e sem riscos para os usuários", explicou.

Além disso, destacou a necessidade de envolvimento dos gestores prediais e dos usuários. "Não adianta termos um sistema excelente se a operação dele não for adequada. O engajamento de todos é fundamental, porque pequenos gestos, como evitar desperdícios em torneiras, fazem grande diferença no consumo de água. Em 2025, visitamos diversos empreendimentos em parceria com a CAESB e ficamos surpresos com a evolução do setor: não apenas o número de projetos aumentou, mas também a qualidade dos sistemas implementados", concluiu.
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